Publicamos hoje o primeiro conteúdo dedicado a Dostoiévski, no ano em que se cumprem os 200 do nascimento do escritor: uma recensão de Vítor Hugo Nicéas a Noites Brancas, entre outras coisas.

Textos tendencialmente curtos onde se analisam obras em específico.
Publicamos hoje o primeiro conteúdo dedicado a Dostoiévski, no ano em que se cumprem os 200 do nascimento do escritor: uma recensão de Vítor Hugo Nicéas a Noites Brancas, entre outras coisas.
«In Carmen Maria Machado’s The Husband Stitch, the unnamed narrator, a self-proclaimed “teller of stories,” wears a green ribbon around her neck. There is a secret behind this ribbon that she keeps from her husband even though he persistently claims that a wife “should have no secrets.”»
“Quanto maior a pressão da originalidade sobre o gosto”, conclui Clement Greenberg em “Pintura de tipo americano” (1955), “mais teimosamente o gosto resistirá a ajustar-se-lhe” (p.158). Esta postura conservadora é uma particularidade da espécie. Ainda que o ponto de saturação varie de pessoa para pessoa, a nossa predisposição para aceitar o que é novo tem sempre um limite. Mas esse limite é susceptível de calibragem.
Os filmes analisados são retratos de diferentes tipos de jornalismo: o jornalismo de causa, o jornalismo sensacionalista e o jornalismo como microclima de dinâmicas de poder. Retratam a profissão como actividade divulgadora de factos, tanto de forma ética ou de forma sensacionalista/falaciosa, apresentando um papel simultaneamente reflexivo, crítico, mesmo subjectivo e interpretativo, por parte não só do autor e produtor do conteúdo jornalístico como também do receptor.
O seguinte ensaio tem como objetivo analisar o filme Mulholland Drive do realizador David Lynch. Após uma breve exposição dos aspetos mais significativos para um conhecimento aprofundado da obra, passarei a relacioná-la com A Teoria da Forma Significante de Clive Bell, a arte como expressão de emoções e a teoria de Arthur C. Danto relativamente à significação incorporada. O objetivo dessa relação é concluir como cada teoria interpretaria Mulholland Drive enquanto obra de arte.
Qualquer esteta que se preze, qualquer esteta que saiba diferenciar entre consequências materiais de uma determinada deformação da moralidade e consequências meramente linguísticas da mesma, só pode estar grato pela composição de gratuitidade verbal aqui presente e só poderá apreciar com grande delícia o registo puramente formal e com pouco conteúdo do insulto que aqui encontramos.