É de loucura e escárnio o fumo que trago entre o preparo & o bote de serpente parada em penhasco

Jornal dos Estudantes da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
É de loucura e escárnio o fumo que trago entre o preparo & o bote de serpente parada em penhasco
Um conto de Grayson Elorreaga: «Phillius and Rex existed together in a state of perpetual limbo. Neither man had any idea how he had found placed where he currently resided.»
Vim de debaixo da terra. Entro no chão verde e reluzente, com as sombras esticadas a rasgá-lo; largo a minha carga e caminho devagar, com os olhos no céu e o céu no meu respirar.
Uma sequência de dois poemas de Clotilde Mota.
Certa vez me perguntaram o que era o amor. Gelei. Mesmo sendo uma pessoa fria, aquele gelo sentido assustou-me. Olhei para o relógio, pendurado na parede inexistente do meu quarto, e vi espaço. Tempo já deixara de existir desde aquele início inquietante de pensamento. Enxerguei-me tolo de certezas vazias, enxerguei-me à beira do abismo sem fim em que estava prestes a saltar. Caí.
No mundo vi, lá p’ra Oeste
Sinceras almas em devaneio
Corriam calmas, o vão celeste
Como crianças correm no recreio