A violência do vento não permite observar
O teu corpo esmagado pela passagem do tempo
E se este, tudo leva
E nada volta,
Quero ir com ele!

A violência do vento não permite observar
O teu corpo esmagado pela passagem do tempo
E se este, tudo leva
E nada volta,
Quero ir com ele!
Furto sem subtrair o título do livro do meu querido Schopenhauer, faço quase um empréstimo sem devolução, não para tirar dele o triunfo das percepções, mas para usar deste triunfo como meu macio conforto para o que se sucede. E, apesar do título, o conteúdo é próprio, ao menos é crendo nisto que escrevo.
Irei ilustrar neste texto como se realizavam os primeiros filmes, que instrumentos eram utilizados e a evolução dos mesmos, desde o século XIV até os dias de hoje. Focando-me também numa parte mais psicológica, irei abordar o efeito que o cinema produz em nós, na nossa percepção e nas nossas mentes, desde o uso dos efeitos sonoros até mesmo às especificidades das cores.
Todos os dias me rodeio de náufragos – também eu escolhi ser uma. Sim, escolhi, porque nós, esses de Letras, somos náufragos por escolha.
O que podemos dizer desses judeus portugueses, que no início do século XVI já se queriam espetros do passado? Onde estão eles? Onde estão as pessoas que habitavam as judiarias das cidades de Portugal? Onde estão os sobreviventes do genocídio? Estão entre nós. Somos nós. Sou eu também, de alguma forma longínqua.
Nunca dançaremos
Nunca tocarás a minha
cintura
Para que me conduzas