A objetividade do conceito de ‘arte’, Rui Antunes

Parece estranho que nesta realidade paralela obras como a Guernica ou a Gioconda existam e que não sejam apreciadas ou valorizadas como ‘arte’, como qualquer um de nós, intuitivamente acharia. Se intuitivamente achamos que o valor destas obras se mantém nesta realidade, então estamos a reconhecer que o estatuto de algo como arte é independente das avaliações dos indivíduos e tem um caracter mais objetivo. A teoria de Weitz falha em captar precisamente este carácter mais objetivo que, com este exemplo bastante intuitivo, podemos compreender que, muito provavelmente, existe na arte.

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