EDIÇÃO 84

Jornal dos Estudantes da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
EDIÇÃO 84
If to some this title might suggest a peculiar effort, an ill-advised attempt at summing up roughly a hundred years of fashion and social history in a matter of pages, I would have to agree. Hence, what is to follow is rather a series of illustrated tales which shall hopefully speak a little of the ways in which the items that have clothed us can be used to tell stories.
Fotografias de Carolina Sousa. Este projeto fotográfico foi realizado em âmbito do tema “Objectivity, Subjectivity and Power” (“Objetividade, Subjetividade e Poder”) no qual me debrucei
Proponho-me discorrer sobre a noção de espaço interior e exterior, sujeito e paisagem, narrativa e mundo, no livro Alguma Poesia, de Carlos Drummond de Andrade. A particularidade está na concepção do parcelamento espacial, no poema, sem que esteja implicada a diferença, ou a interrupção do sentido, mas antes a disjunção entre um plano e outro, subjectivo e paisagístico: e se a partícula representativa da disjunção, “ou”, distingue dois sentidos, também os une numa possibilidade igualitária entre si, na relação com um fim especificamente visado e que, no caso, será o conhecimento do mundo como forma de conhecimento existencial subjectivo, pela escrita de poesia.
O seguinte ensaio tem como objetivo analisar o filme Mulholland Drive do realizador David Lynch. Após uma breve exposição dos aspetos mais significativos para um conhecimento aprofundado da obra, passarei a relacioná-la com A Teoria da Forma Significante de Clive Bell, a arte como expressão de emoções e a teoria de Arthur C. Danto relativamente à significação incorporada. O objetivo dessa relação é concluir como cada teoria interpretaria Mulholland Drive enquanto obra de arte.
Fotografias de Carolina Alexandre. Curadoria de João N. S. Almeida.