Outrora havia sido, isto onde hoje me sento diariamente a ver a vida a passar, o muro que guardava a água da fonte da cidade. Antes, quando a fonte ainda era uma fonte e a cidade ainda era uma cidade, eu tinha cabelo preto e vestia-me sempre a rigor – rigor, no sentido de aquilo que considerava como tal –, e tão bem conjugava eu a camisa com as calças que ela me dizia sempre Que guapo, Álbaro – Álvaro com b porque a fui desencantar a Espanha.
