[Revisto por Márcia Marto] Pelo ponteiro do relógio se via que eram 3 horas da manhã. A paisagem estava geometricamente coberta de cacimba. Os cânticos

[Revisto por Márcia Marto] Pelo ponteiro do relógio se via que eram 3 horas da manhã. A paisagem estava geometricamente coberta de cacimba. Os cânticos
[Revisto por Mariana Antão] O ano era 1989. Mais um final de ano que passaria sozinha, isolada. Aquela noite já seria noite de lua cheia
Raro é o homem que, nos tempos que correm, não rememore saudoso os bons velhos tempos de há cousa de pouco mais de um ano, em que não havia restrições sanitárias e tampouco havia restrições de circulação.
O silêncio assolava o meu quarto alvo e deslavado. Estranhei a ausência de som a uma hora daquelas, mas aproveitei o pouco tempo de sossego a que tive direito. Foi um silêncio de pouca dura. Principiou-se uma discussão acesa no corredor e os gritos invadiram quarto adentro. Saí para ver o que se passava.
Um conto sobre Doppelgängers, no pós-confinamento, em Lisboa.
Um conto minimalista de Yasmin Freitas