A violência do vento não permite observar
O teu corpo esmagado pela passagem do tempo
E se este, tudo leva
E nada volta,
Quero ir com ele!

Lírica nova e antiga.
A violência do vento não permite observar
O teu corpo esmagado pela passagem do tempo
E se este, tudo leva
E nada volta,
Quero ir com ele!
Este amor é casto. No íntimo dele está uma brasa
e a imortalidade das almas.
Este amor é posto à prova, com suas
candeias e sendas luminosas.
Nunca dançaremos
Nunca tocarás a minha
cintura
Para que me conduzas
O teu corpo está aí sentado
como se o tivesses,
por um momento,
abandonado.
Só tu conheces as insistentes
e indecifráveis marcas
que teus dedos persistentes ocultam
Um poema fantasioso ilustrado com a pintura de David Lynch.