Hybris, Inês Sebastião

[Revisto por Márcia Marto]

Para se poder compreender o aparecimento da hybris1 é necessário conhecer as Cinco Idades de Hesíodo2. Há classicistas que negam Prometeu ter criado a raça dos homens ou de estes terem nascido de dentes de serpente plantados. Os classicistas defendem que a terra gerou o Homem, especialmente no solo da Ática3. Destes novos seres surgiu a Idade do Ouro4; de seguida a Idade da Prata5; mais tarde a Idade do Bronze6; e por fim a do Ferro7. A hybris foi uma sensação que abateu sobre a raça humana no final da Idade de Ouro. Só a partir da Idade de Prata8, com a insolência é que começou a desenvolver-se. Durante esta idade não se seguia as doutrinas da não seguia as doutrinas da dikê,9 não só para com os deuses, mas entre os seus10.

A obra Trabalhos e Dias contém o contraste da dikê e hybris, não só entre as Idades do Ouro e da Prata, mas em todas as outras. “This system has been cogently analyzed by Jean-Pierre Vernant, who has shown that the superiority and inferiority of Generations 1 and 2 respectively, the inferiority and superiority of Generations 3 and 4 respectively are marked by their hubris and dike.”11

Estas Idades são novas interpretações da época encontradas nas obras homéricas, pois Homero mostra tanto o lado positivo, como negativo dos heróis épicos, enquanto Hesíodo o divide em gerações. Outra diferença entre os autores é de encontrar a palavra hêmi-theoi12 em Hesíodo para referir os heróis do Ciclo de Tebas e da Guerra de Tróia, como também aqueles que alcançaram os Campos Elísios.13 Para Homero “(…) the poetry now views them through the lens of a post-heroic age, seeing them as already dead and about to be forgotten.” 14

Ao examinar os poemas pode-se reparar que a palavra “bom” encontra-se relacionada com as questões morais, estatuto social ou poder. Na Teogonia, o termo sophron15 significa jogar pelo seguro sobre um assunto, algo que ajuda a afastar a tentação da hybris. Quando Sólon explica que o destino dos homens se encontra à mercê dos deuses, significa que os deuses podem castigar a humanidade. Sólon acreditava que os deuses tinham inveja dos sucessos dos homens através da cobiça, de modo que os castigavam pela sua hybris ou injustiça16. Porém, não era meramente insultar alguém em específico que dava origem à hybris, mas sim a corrupção da sua própria timê ao achar se melhor que os outros, neste caso os deuses17. Quanto mais alto o homem sobe, maior é a queda. A hybris é sempre acompanhada pela nemesis18pois este duo ajuda os homens a conhecer a sua humilde posição e beneficiar dela19. Como por exemplo, quando Agamémnon, ao entrar no seu palácio, pisa a tapeçaria roxa, que representa o culto aos deuses. O basileus teme que o seu acto traga phtonos sobre ele. Este acto tanto é justo como injusto, pois o castigo em breve lhe cairá em cima20. Tal punição era para os Gregos uma acção que fazia parte da justiça.

Na Ilíada, o elemento da hybris encontra-se logo no início da obra. A hybris que é referida é a social, “(…) e nel falto e nel termine che los pecificata pero distintamente come hybris; e probabilmente non perché il termine non avesse ancora già assunto tale acceziones, ma perché non era capitata l’ occasione di usalo in tale senso.”21 . Na Odisseia, a hybris é mais intensa em comparação com a Ilíada. Na Ilíada, a hybris é vista como um pecado e quem o pratica deve ser castigado; enquanto na Odisseia afecta a capacidade física e espiritual. O orgulho de Aquiles é o que determina o seu carácter,22 já Ulisses recorre à violência e vingança. A hybris de Ulisses é mais perversa, na medida em que atinge um homem piedoso, os seus parentes e pertences.23

No caso das tragédias, há o exemplo dos Sete de Tebas de Ésquilo. A hybris só é mencionada explicitamente uma vez, no início da cena, entre as personagens de Etéocles e o Coro. O primeiro expõe os heróis designados para atacar os sete portões, e o segundo escolhe, para cada um deles, o guerreiro tebano que lhe deve resistir.24 A obra é representada em três partes: Caio, que narra a empietá de Laio, que já era culpado pelo rapto de Crisipo e a sua consequente morte25; Edipo relata o rei de Tebas matar o pai, um pecado que nem os deuses nem os humanos o perdoam; e Sete de Tebas, que descreve a ambição pelo poder de Etéocles e Polinices, levando estas personagens à ganância.

A obra que representa melhor a sensação de culpa é a Oresteia. Em Agamémnon, o Atrida é assassinado pela sua esposa, Clitemnestra e o amante desta, Egisto26; Coéforas é a punição da hybris de Clitemnestra e Egisto e a sua contaminação para Orestes; Euménides é a resolução da hybris de Orestes.27 Em suma, as tragédias de Ésquilo utilizam os mitos como paradigmas de uma concepção religiosa, que explica os infortúnios humanos através de punições perante os erros cometidos.28

Aristóteles define a hybris através dos seus actos e reconhece as acções de insolência e ganância como elementos chave para cair neste sentimento negativo. Os seus feitos não são através de insultos para com o outro, mas através dos excessos que o homem possui, o que infringe a sua condição de mortal para com os Olímpios29.

Catálogo dos Heróis

Para Aristóteles, uma tragédia deve ter um nobre herói, que possui hybris, e que é punido através da intervenção dos deuses.30 Esta cena torna-se numa Katharsis31 para a audiência. Nesta secção encontram-se vários heróis que foram seduzidos por este sentimento, sendo que as suas histórias serão resumidas.

Agamémnon – Um basileus a quem é atribuído, na Ilíada, o comando supremo do exército aqueu. O seu estatuto de realeza é um pouco incerto, pois tanto é designado como um Atrida, como Pelópida, ou um Tantálida. Na obra de Homero é apresentado como um rei de Argos ou de Micenas32, mas na tradição mais tardia era considerado rei da Lacedemónia. O Atrida casou-se com Clitemnestra33, após ter assassinado Tântalo, o primeiro marido, e o filho deste. Tal acto desencadeou uma perseguição feita pelos irmãos de Clitemnestra a Agamémnon, mas o rei conseguiu procurar asilo junto do seu sogro, Tíndaro. Após terem chegado a uma reconciliação, a união de Agamémnon e Clitemnestra estava amaldiçoada, devido ao crime que foi cometido. Quando Helena foi raptada por Páris, Menelau pediu ajuda a Agamémnon e iniciou-se a tão conhecida Guerra de Tróia. Na navegação para Tróia, o mar encontrava-se calmo, devido à cólera de Ártemis sobre Agamémnon. A causa de tal infortúnio deve-se ou pelo Atrida ter matado uma corça e ter declarado que nem a própria deusa da caça conseguiria melhor, ou por Agamémnon lhe ter prometido sacrificar o melhor produto do ano em que nasceu a sua filha Ifigénia, no qual a deusa lhe exigiu o sacrifício da donzela. Agamémnon acabou por aceitar34. Após a expedição ter partido, chegaram a Ténedos e é nesta região que começa a rivalidade com Aquiles. Após nove anos de cerco a Tróia, Agamémnon participa com Aquiles numa pilhagem às cidades vizinhas e cada um fica com despojos de guerra, sendo estes Briseide, para Aquiles, e Criseide, filha do sacerdote de Apolo Crise, para o Atrida. O sacerdote exigiu um resgate pela filha, mas Agamémnon recusou, fazendo com que Apolo lançasse uma peste sobre o exército aqueu. Pela pressão sentida pela assembleia dos soldados, o basileus liberta Criseide e apodera-se do despojo de Aquiles. Este, enraivecido e desonrado, refugia-se na sua tenda e recusa combater. É nesta sequência que se inicia a obra homérica. Quando Agamémnon regressa a casa, após a conquista da cidade da Ásia Menor, é assassinado pela sua esposa e o amante desta, Egisto, no banho ou num banquete com os seus homens.

Ájax – Existem duas personagens com este nome na Ilíada, “o filho de Oileu” e “o grande Ájax”, filho de Télamon. O primeiro é conhecido pelo seu carácter arrogante, ímpio e terrível para com os seus inimigos, como também o sacrilégio cometido contra a deusa Atena. Durante a tomada de Tróia, Cassandra refugiou-se no altar de Atena e Ájax encontrou-a e violou a jovem no templo. A deusa, ao saber de tal profanação, enviou uma tempestade que destruiu uma grande quantidade de naus durante a viagem de regresso, mas Ájax foi salvo por Posídon. Mas Ájax não reconheceu o seu salvamento por Posídon e declarou ser melhor que os homens e os deuses. Atena pediu a Posídon que matasse o blasfemador e o deus assim o fez. Posídon lançou um golpe com o seu tridente no rochedo onde Ájax se refugiara do naufrágio, acabando por morrer. Outra versão relata ter sido a própria deusa que o fulminou com o raio de Zeus. O homónimo deste era rei de Salamina e foi o seleccionado para combater com Heitor.35 Este rei, igualmente, concentra a resistência dos Aqueus, após um assalto lançado às naus por Heitor. Também teve alguma hostilidade para com a deusa Atena, após ter apagado a imagem dela do seu escudo, aclamando que os cobardes também poderiam vencer com a ajuda dos deuses36.

Belerofonte – O nome original do herói era Hipponous, mas este mudou para Belerofonte devido a um assassinato involuntário contra Belero37, que etimologicamente significa “aquele que matou Belero”. Belerofonte foi exilado e refugiou-se na cidade de Tirinte, onde foi purificado pelo rei Preto. A esposa do rei, Estenebeia38, tentou seduzir Belerofonte, mas este recusou-a. A rainha queixou-se ao marido, afirmando que tinha sido o herói a namoriscar com ela. Por isso, Preto enviou o herói para a corte do rei Ióbates e entregou-lhe uma carta a pedir-lhe que matasse o seu novo convidado39. Ióbates, para não receber a punição dos deuses por assassinar o seu novo hóspede, envia-o em demandas a fim de este morrer. A sua primeira missão era matar a Quimera. Belerofonte recebe a ajuda de Atena, que lhe oferece arreios para conseguir domar Pégaso, o cavalo-alado indomável. Ao conseguir colocar os arreios no cavalo, voa em direcção a Quimera e em pleno voou consegue matá-la40. Surpreendido, Ióbates mando-a noutra demanda, mas desta vez para combater os Sólimos, um povo bélico vizinho da cidade de Lícia e o herói sai vencedor. De seguida envia-o para combater contra as Amazonas e o herói consegue matar um grande número de guerreiras. Frustrado, o rei ordena um grupo dos homens mais bravos entre os Lídios fazer uma emboscada ao herói, mas este conseguiu abatê-los a todos. Ao reconhecer as capacidades sobre-humanas de Belerofonte, Ióbates mostra-lhe a carta que Preto lhe enviou e pede-lhe para ficar com ele. Cheio de orgulho em si mesmo, Belerofonte decide que deveria viver entre os deuses e montou Pégaso, cavalgando em direcção ao monte Olimpo. Zeus ao ver a sua chegada insolente, envia um moscardo para assustar Pégaso e o herói cai.

Ceneu – Cénis vivia na Tessália e era filha de Élato. A jovem era a considerada a mais bela da região, tendo imensos pretendentes, incluindo Peleu, pai de Aquiles. Certo dia a jovem caminhava pela praia e foi violada por Posídon, que após tal acto lhe perguntou o que desejava mais. Cénis quis tornar-se num guerreiro invulnerável, para que não pudesse voltar a ser humilhada. O deus concedeu-lhe tal pedido, mudando-lhe o sexo e começou a ser chamada de Ceneu. Com as suas capacidades guerreiras e uma pele indestrutível, Ceneu conseguiu alcançar privilégios militares, de tal modo que os Lápitas elegeram-no como rei. Tendo ganho tanta fama, Ceneu colocou uma lança no centro da praça pública e forçou os seus habitantes a prestarem-lhe culto, ignorando outras entidades divinas, tornando a lança num deus único. Quando Zeus descobriu tal acto orgulhoso, incentivou os Centauros a matarem Ceneu. Foi durante as bodas de casamento de Pirítoo, que estes seres primitivos atacaram e Ceneu entrou em acção combatendo contra eles. Cada ataque que os centauros lhe infligiram não o afectava. Porém houve um que o conseguiu derrotar, batendo-lhe na cabeça com um tronco de um pinheiro. Inconsciente, Ceneu foi arrastado pelos Centauros e enterrado vivo por estes, morrendo sufocado. Após ter morrido, Ceneu voltou a tornar-se mulher.

Creonte – No mito de Creonte existem duas entidades com o mesmo nome. O primeiro era rei de Corinto e participa na lenda de Jasão e Medeia, quando estes se refugiaram na sua corte. Este ofereceu a sua filha Creúsa41 a Jasão e o herói aceitou casar com ela. Medeia vingou-se da traição de Jasão e enviou um vestido como presente a Creúsa. A princesa quando o vestiu foi envolvida por um fogo e o pai ao tentar salvá-la também foi consumido pelas chamas. O segundo pertence à cidade de Tebas e sucedeu o trono da cidade, quando Laio foi morto pelo próprio filho, Édipo. A cidade foi vítima da Esfinge e das suas adivinhas, que quem errasse na resposta seria comido pelo monstro. Uma das suas vítimas foi o próprio filho de Creonte, Hémon. Então, Creonte ofereceu uma recompensa a quem conseguisse libertar a cidade da Esfinge e foi Édipo quem resolveu os enigmas. Creonte cedeu o seu trono ao herói e deu-lhe a mão da viúva de Laio, Jocasta. Pouco depois, a cidade foi vítima de uma peste e Creonte consulta o oráculo para encontrar uma solução e é-lhe revelado a origem de Édipo. Creonte recupera o trono.42 Édipo é exilado e confia-lhe os seus filhos. Durante as batalhas dos Sete contra Tebas, Creonte oferece o seu próprio filho Megareu como sacrifício a Ares, para conseguir salvar a cidade. O rei condena Antígona à morte, trancando-a no túmulo dos Labdácidas, onde esta acabou por se suicidar. Teseu obrigou Creonte a devolver aos habitantes de Argos os corpos dos guerreiros que participaram na guerra, mas noutras versões foi Teseu que matou Creonte durante a batalha.

Diomedes – O mito de Diomedes possui duas personagens com o mesmo nome. O primeiro era rei da Trácia, filho de Ares e Pirene, possuía éguas devoradoras de homens. Este foi um dos trabalhos de Héracles. O segundo, filho de Tideu e de Deípile, participou na Guerra de Tróia e na expedição dos Epígonos contra Tebas. É o companheiro de Ulisses nas missões mais delicadas, nomeadamente na de reconhecimento durante a noite. Numa das exposições nocturnas, Diomedes matou o espião Dólon e Reso e apoderou-se dos seus cavalos. Durante a batalha, Diomedes fere a deusa Afrodite, provocando a sua ira sobre o guerreiro. Como consequência, Diomedes foi infiel para a sua mulher, ao ponto de se refugiar no templo de Hera, para escapar às armadilhas lançadas pela esposa. De seguida fugiu para Itália, para junto da corte de Dauno e nela combateu ao lado do rei. Porém o rei recusou dar-lhe as devidas recompensas. Furioso, Diomedes lança maldições e declara o domínio do país, mas o herói acaba por morrer às mãos de Dauno.

Édipo – Édipo é igualmente um dos heróis mais famosos da literatura grega, depois do Ciclo Troiano. As suas aventuras são consideradas trágicas, principalmente na obra de Sófocles Édipo Rei. Édipo é filho de Laio e todos os seus antepassados foram reis de Tebas. Quando o herói nasceu, estava predestinado pelo oráculo que iria matar o seu pai e causaria uma cadeia de desgraças, que levaria à queda da casa real. Laio, para evitar que o oráculo se cumprisse, expôs o seu filho, ora numa cesta lançada ao mar, ora no monte Citéron. Édipo, nas duas versões, é sempre encontrado por um grupo de pastores e entregue ao rei Pólibo, que o acolhe na sua corte. Quando se torna adulto, o herói descobre que é adoptado e parte em direcção ao oráculo para descobrir quem são os seus verdadeiros pais. No caminho cruzou-se com Laio, mas como o espaço era reduzido para ambos passarem, Polifontes, o arauto de Laio, ordena a Édipo que lhe cedesse a passagem e mata um dos seus cavalos para que este obedeça. Encolerizado, Édipo matou os dois viajantes. Quando alcança o oráculo, é-lhe revelado que iria matar o pai e casar com a mãe e Édipo, crendo ser filho de Pólibo, exila-se e procura refúgio em Tebas. Como referido no mito anterior, é Édipo quem derrota a Esfinge, é-lhe atribuído o trono da cidade e casa com a viúva do rei. Quando uma peste assalta a cidade de Tebas, Édipo envia Creonte a Delfos para encontrar a solução. Creonte volta afirmando que a peste só cessaria se a morte de Laio fosse vingada. Édipo consulta Tirésias, mas este recusa responder e o rei supõe que o adivinho e Creonte foram os assassinos de Laio. Jocasta intervém e afirma que Laio foi assassinado numa encruzilhada. Édipo, ao ouvir tais palavras, apercebe-se de que foi o culpado e que Laio era seu pai, tal como Jocasta era sua mãe. Quando a rainha se apercebeu do incesto que cometera com o filho, suicidou-se e, quando Édipo a encontra, usa as pregas do se vestido e cega-se.

Faetonte – Este semideus, quando alcançou a adolescência, foi-lhe revelado pela mãe que o seu pai era o deus Hélio. Faetonte pediu uma prova de filiação e solicitou ao deus que lhe deixasse conduzir o seu carro solar. O deus, com alguma hesitação, cedeu ao pedido, avisando o herói das precauções necessárias durante a viagem. Faetonte começou o percurso celeste, mas decidiu fazer uma viagem diferente e começou a mudar de rota; ora descia muito e queimava a terra, ora subia muito alto e a terra congelava. Zeus ao descobrir esta insolência, fulminou Faetonte e este caiu no rio Erídano, que se encontra em constante ebulição.

Héracles – Tal como Aquiles, Héracles43 é o herói mais popular da mitologia grega. Os seus mitos consistem num próprio ciclo e já era narrado desde da época pré-helenística até ao fim da Antiguidade. As lendas herácleas estão divididas em três categorias: o Ciclo dos Doze Trabalhos; as demandas independentes do ciclo, que incluem expedições militares; e as missões secundárias que foram ocorrendo ao longo da realização dos trabalhos. O nome original de Héracles era Alceu, ou noutras versões Alcides. Héracles era filho de Zeus e Alcmena. O facto de ser descendente de Zeus despertou a raiva de Hera para com a criança e, desde muito cedo, o herói foi recebendo imprecações da deusa. Héracles prestou muitos serviços a Tebas e como recompensa, o rei Creonte deu-lhe a mão da sua filha mais velha, Mégara, e com esta teve vários filhos. Há várias versões na forma como Héracles assassinou a sua família, mas a mais conhecida foi a de Hera o ter levado à loucura, fazendo com que ele matasse a esposa e os próprios filhos, acreditando que estava a combater contra os seus inimigos. Quando Atena o acordou da sua ilusão, Héracles ficou horrorizado com o que fez e para expiar os seus pecados foi a Delfos consultar o oráculo, que o mandou ir a Tirinte servir o rei Euristeu e executar dez tarefas. Porém o número de tarefas subiu para doze, pois o rei decidiu que algumas não eram válidas, como o caso da Hidra de Lerna, em que Héracles teve ajuda do seu sobrinho para a matar. Após ter terminado as tarefas e mais outras demandas à parte, o herói participou num concurso de tiro ao arco proposto pelo rei Êurito, cujo prémio era a sua filha Íole. Héracles ganhou a competição, mas o rei recusou dar-lhe a filha, pois sabia do homicídio que o herói tinha cometido. Furioso, Héracles saiu da cidade e pouco tempo depois as vacas da cidade tinham desaparecido. O rei culpou logo Héracles, mas o seu filho Ífito abordou o semideus sobre a temática, na tentativa de limpar o seu nome. Humilhado de tal acusação, Héracles matou o príncipe e os deuses castigaram-no, colocando-o doente. Enfermo, o herói consultou novamente o oráculo e este disse-lhe, que para expiar o pecado, teria de se tornar escravo da rainha Ônfale, da Lídia, durante três anos. Após lhe ter prestado serviço, o herói apaixonou-se por Dejanira, filha de Meléagro, mas para alcançar a mão da donzela, teria que confrontar Aqueloo, o deus do rio local, pois era este seu pretendente. Depois de ter vencido a batalha contra Aqueloo e de lhe ter partido o corno, Héracles transformou-o numa cornucópia e ofereceu-o aos deuses em honra do seu casamento. Durante um banquete na corte, um servo derramou sem querer água por cima das mãos do semideus e este esbofeteou e matou-o. O herói não sabia que o servo era parente do rei e decidiu exilar-se, levando consigo a sua nova esposa. O novo local de asilo escolhido foi Tráquin, mas para alcançar a cidade era necessário atravessar um rio fundo e o centauro Nesso ajudou-os a atravessar. Porém, depois de ter ajudado Héracles a atravessar primeiro, ao transportar Dejanira tentou violá-la. O herói conseguiu salvá-la, traspassando uma flecha no coração de Nesso. Quando o centauro estava a morrer, disse a Dejanira que, caso Héracles a deixasse de amar, que ela lhe desse o sangue do centauro e o herói voltaria a amá-la. A donzela conservou o sangue. Em Tráquin, Héracles tornou-se general do rei e, numa das campanhas de guerra, a cidade de Êurito foi tomada e fez Íole sua concubina. Dejanira, quando soube da notícia, ficou furiosa e embebeu as melhores roupas de Héracles com o sangue de Nesso. Estas roupas seriam usadas para um sacrifício a Zeus e quando o herói as vestiu começaram a arder. Desesperado, tentou tirá-las, mas a roupa estava colada ao corpo e quando as puxava, pedaços do corpo também saiam. Dejanira chocada com o que fizera suicidou-se. Nos últimos momentos de vida, Héracles pediu aos seus servos que lhe fizessem uma pira no topo do monte Eta e que lhe pegassem fogo. Filoctetes foi quem a incendiou. Um trovão ribombou e Héracles subiu aos céus em forma da nuvem. Entre os deuses, Héracles casou-se com a deusa Hebe e foi um dos merecedores da imortalidade devido à glória dos seus trabalhos e dos seus sofrimentos.

Laio – Como referido nos mitos de Creonte e Édipo, Laio foi o rei de Tebas e pai de Édipo. Quando o seu pai, Lábdaco, morreu, Laio ainda não tinha atingido a maioridade. Lico tornou-se regente, mas foi assassinado por Zeto e Anfíon e estes conseguiram o trono de Tebas. Laio refugiou-se ao pé de Pélops e apaixonou-se pelo filho Crisipo, acabando por o raptar. Tal acto fez com que Laio fosse amaldiçoado. Quando Zeto e Anfíon morreram, Laio ocupa o trono de Tebas e casa-se com Jocasta.

Jasão – Filho de Éson, descendente de Éolo e originário de Iolco. Éson foi expulso pelo seu meio-irmão Pélias e Jasão foi confiado a Quíron. Quando alcançou a maioridade, Jasão voltou a Iolco com uma lança em cada mão e descalço do pé esquerdo. Pélias quando o recebeu ficou assustado, pois havia uma profecia que dizia que um homem descalço de um pé lhe iria tirar o trono. Então o rei propôs a demanda da aquisição do velo de ouro. Quando Jasão regressou com o velo, acompanhado por Medeia da Cólquida, entregou-o a Pélias. Medeia consegue convencer as filhas do rei a colocá-lo dentro de um caldeirão em ebulição, com o pretexto de este rejuvenescer, mas Pélias acaba por morrer44. Medeia e Jasão foram expulsos da cidade, devido a tal acto e encontraram asilo em Corinto. Os amantes permaneceram na cidade durante dez anos, até Jasão se cansar de Medeia e aceitar a mão da filha do rei Creonte. Como referido no mito de Creonte, Medeia envia um vestido que se incendeia e mata a princesa e o rei, e também matou os filhos que teve com Jasão. Devastado, Jasão visita o seu barco Argo, que usara na sua expedição, e morre quando o mastro lhe caiu em cima.

Minos – Minos é o rei de Creta, filho de Europa e Zeus, ou do rei Astérion. Após o rei ter morrido, Minos governou sozinho, mas durante o seu legado teve alguns obstáculos provocados pelos seus irmãos. Para provar que lhe foi destinada pelos deuses a posse do trono, Minos pediu a Posídon um touro, prometendo sacrificar o animal. Posídon concedeu-lhe o pedido, mas o rei não fez o sacrifício prometido, ao achar o animal belo e quis preservar a sua raça. Posídon vingou-se e fez com que Pasífae, esposa de Minos, se apaixonasse pelo touro, e com ele teve o Minotauro. Minos chefiou diversas expedições militares contra Atenas, para vingar a morte do filho, Andrógeo, e após ter obtido a vitória devido a uma peste, que afectou o exército ateniense, exigiu destes um tributo anual de sete homens e setes mulheres para serem dados de comer ao Minotauro. Depois da derrota do monstro por Teseu e da escapatória de Dédalo do labirinto, Minos fez uma campanha de busca a Dédalo e encontrou-o na corte de Cócalo, mas o rei foi morto no banho pelas filhas de Cócalo, incentivadas por Dédalo.

Orestes – Dentro do mito de Agamémnon também se encontra o de Orestes, seu filho e de Clitemnestra. Quando foi iniciado o massacre contra Agamémnon e os seus companheiros, Electra salvou o irmão de sofrer o mesmo destino e levou-o para a Fócida. Quando Orestes atingiu a maioridade, Apolo ordenou o herói a vingar-se da morte de seu pai, matando Egisto e Clitemnestra45, afirmando que esta vendeta seria permitida. O herói disfarça-se de viajante, que anuncia a morte de si próprio e pergunta se as cinzas são colocadas em Argos ou em Cirra. Aliviada de não serem punidos pelos seus crimes, Clitemnestra chama Egisto e quando ele chega Orestes defere golpes fatais sobre o amante. Quando Orestes se precipita para sua mãe, esta suplica-lhe pela vida, mas Orestes mantém-se fiel ao carácter sagrado da vingança e mata-a. O matricídio teve por consequência a perseguição das Erínias, por isso Orestes procura exílio em Delfos e é purificado por Apolo. Mas tal purificação não o libertou. Por isso foi feito um julgamento em Atenas, com a presença da deusa da cidade, de Apolo e das Erínias46. O caso foi absolvido por Atena.

Penteu – O mito de Penteu encontra-se dentro do Ciclo Dionisíaco, sendo este primo do deus, do lado da mãe Agave. Dioniso, após ter conquistado a Ásia, regressa a Tebas para implementar o seu culto e punir Agave por ter proferido difamações contra Sémele, sua mãe. O deus consegue colocar as mulheres em delírio, tornando-as Bacantes, que realizam rituais durante a noite. Penteu decide intervir e Dioniso sugere-lhe que se dirija ao monte Citérion, para ver as Bacantes com os seus próprios olhos. Penteu dirige-se ao local disfarçado de mulher, mas é descoberto e morto pelas mulheres. Agave corta-lhe a cabeça e espeta-a num tirso, afirmando ser a cabeça de um leão.

Prometeu – Prometeu é considerado o criador dos primeiros homens através do molde de barro. Porém, na Teogonia, Prometeu não criou a humanidade, mas desvendou-lhe o segredo dos deuses, o fogo. Durante um sacrifício, um boi foi dividido em duas partes, a carne e as entranhas enroladas em pele e os ossos cobertos de gordura. Prometeu deu a escolher a Zeus a sua parte, e a outra seria entregue aos homens. Zeus escolheu aquela que tinha gordura e, quando descobriu o que continha, puniu Prometeu e a humanidade pela sua audácia, deixando de lhes enviar o fogo. Deste modo, Prometeu roubou algumas das sementes de fogo, da roda do Sol e entregou aos homens. Devido a esta insolência, Zeus prendeu Prometeu com grilhões de aço no cimo do Cáucaso, onde uma águia comia o seu fígado, que se regenerava todos os dias, permitindo repetir o processo.

Salmoneu – Salmoneu quis imitar Zeus e construiu uma estrada com pavimento de bronze. Com o som das rodas de ferro do carro e o arrastar de correntes faziam parecer o som de um trovão. Também lançava da esquerda e da direita archotes, que representavam os relâmpagos. Tal orgulho enfureceu Zeus, que o fulminou.

Sísifo – O mito de Sísifo é muito conhecido devido à sua astúcia. Quando Zeus raptou Egina, filha de Asopo, passou por Corinto e Sísifo viu-o. Quando Asopo procurava pela sua filha, parou em Corinto e perguntou a Sísifo se sabia de algo. Este só lhe daria a resposta se Asopo lhe fizesse brotar uma nascente na cidade. Asopo cumpriu o pedido e Sísifo denunciou Zeus. O deus irritado por ter sido traído, mandou Tânato matá-lo. Porém Sísifo apanhou o deus da morte de surpresa e acorrentou-o, impedindo-o de fazer o seu trabalho. Foi necessária a intervenção de Zeus para que Sísifo liberta-se Tânato e Sísifo morreu, mas antes de partir para o Hades, pediu à sua esposa que não fizesse os rituais fúnebres. Quando desceu aos Infernos, Hades perguntou-lhe a razão de uma vinda tão invulgar e Sísifo explicou que a sua mulher não cumpriu os devidos rituais, e Hades deu-lhe permissão para regressar, sob o pretexto de a castigar. Quando Sísifo voltou à terra conseguiu dispensar-se de descer aos Infernos e viveu longamente. Ao chegar a sua hora final, os deuses dos Infernos impuseram-lhe um castigo que foi rolar eternamente um rochedo na subida de uma montanha e, quando esta atingia o topo, voltava a descer, repetindo o processo eternamente.

Teseu – O herói ateniense, filho de Egeu e Etra47, pertence ao Ciclo Cretense e foi quem matou o Minotauro, com a ajuda de Ariadne. Quando partiu para Creta, a fim de lutar contra o monstro, seu pai deu-lhe duas velas, uma branca para simbolizar a sua chegada e outra negra, caso este fracassasse. Ao chegar a Creta é enviado para o Labirinto e com a ajuda do novelo mágico de Ariadne, consegue encontrar o Minotauro sem se perder. Após ter vencido o combate com o monstro, Teseu regressa a Atenas e leva consigo Ariadne. Quando Teseu fez escala em Naxo, esqueceu-se da donzela na ilha e partiu sem ela. Outro esquecimento do herói foi não ter içado as velas brancas como prometido, mantendo as pretas e quando o rei Egeu as viu no horizonte, devastado, atirou-se de uma falésia em direcção ao mar48. Teseu fez amizade com um herói lápida chamado Pirítoo. Com este, Teseu participou no combate dos Lápidas contra os Centauros. Igualmente ambos declararam que só despojariam filhas de Zeus, já que ambos tinham descendência divina49. Teseu obteria a mão de Helena e Pirítoo a de Perséfone. Juntos marcharam para Esparta e raptaram Helena quando esta realizava uma dança ritual no templo de Ártemis Órtia. Decidiram tirar à sorte a donzela e aquele que fosse favorecido ajudaria o outro a conquistar Perséfone. Durante a sua nova demanda, Castor e Pólux invadiram a Ática e começaram por reclamar a sua irmã, Helena, de forma pacífica, mas quando o povo não lhes respondeu onde se encontrava a jovem, iniciou-se uma batalha entre os exércitos. Quando finalmente encontraram a sua irmã, Castor e Pólux instalaram no trono o bisneto de Erecteu, Menesteu, que reuniu à sua volta os nobres da cidade, que lamentaram as reformas que Teseu tinha imposto. Nos Infernos, Teseu e Pirítoo foram acolhidos por Hades, que os convidou para um banquete e, ao sentarem-se, ficaram presos. Só Teseu foi libertado por Héracles sob a autorização dos deuses e quando regressa à terra, depara-se com uma Atenas diferente da que tinha criado politicamente. Exilado, procurou asilo na corte do rei Licomedes que o acolheu, sob o pretexto de lhe fazer um favor. Esta indulgência era subir a uma montanha para ter uma perspectiva da ilha, onde Licomedes matou Teseu.

Tirésias – O adivinho desempenha um papel importante no Ciclo Tebano. Tirésias adquiriu o poder da adivinhação através de Palas Atena, que o cegou depois de este a ter visto nua. A pedido de Cariclo, mãe de Tirésias, a deusa concede-lhe o poder de antever. Noutra versão, Tirésias deparou-se com duas cobras a copular e separou-as. A sua interferência transformou-o numa mulher, permanecendo assim durante sete anos, até voltar ao mesmo local e encontrar novamente as cobras. Aos separá-las novamente, voltou a adquirir o sexo masculino. Quando Zeus e Hera debatiam quem tinha mais prazer durante o acto sexual, Tirésias sem hesitar afirmou que era a mulher, revelando assim o segredo desta. Irritada com tal revelação, Hera castigou-o tirando-lhe a visão e Zeus, para o compensar, deu-lhe o dom da profecia.

Ulisses – Ulisses de Mil Ardis foi um dos heróis que participou na Guerra de Tróia, sendo este quem estava por detrás da táctica do Cavalo de Tróia para conseguir conquistar a cidade. No regresso a Ítaca, Ulisses é deparado com várias aventuras, que são registadas na obra Odisseia de Homero. Quando chega a Ítaca e é realizado o massacre dos pretendentes, Ulisses faz um sacrifício expiatório a Hades. Passados alguns anos, Telégono, filho de Circe, chega a Ítaca para descobrir quem era o seu pai. O jovem encontra Ulisses na praia e ambos começam a combater. Quando Ulisses morre, Telégono descobre que era seu pai, leva o cadáver e Penélope à mansão de Circe.

Conclusão

A Grécia Antiga foi o centro da consciência do que era a humanidade. Para a poderem compreender, os Gregos adaptaram a Mitologia para retratar a maneira de pensar do Homem. Os Gregos moldaram os deuses à sua imagem, mas não deixaram de os temer e de os honrar. Em oposição ao deus distante, existe o herói próximo.

Deste modo, os heróis das epopeias e tragédias são a personificação do humano ideal, que tem coragem e corresponde aos seus desejos e concepções de valor. Porém, estes semideuses podem conter algumas falhas no seu carácter, sendo uma delas a hybris. Tal comportamento leva à intervenção dos deuses nas suas vidas mundanas, punindo aqueles que ultrapassem os seus limites. Não é de espantar que Héracles seja o herói de eleição, porque em virtude à sua descendência divina, actua para o bem da raça humana e encontra um lugar entre os deuses.

Notas de Rodapé:

1.Representa o excesso por parte do homem, que dá origem à sua própria decadência.

2.O mito das raças é uma versão desenvolvida dos motivos históricos da hostilidade entre Zeus e a raça humana.

3.Sendo Alalcomeu o primeiro herói.

4.Súbditos de Cronos, alimentando-se de fruta, leite de cabra ou de ovelha.

5.Não faziam sacrifícios aos deuses, ao ponto de Zeus os ter destruído.

6.Os homens começaram a fabricar armas de bronze, comiam carne e deleitavam-se com a guerra. Porém foi uma das raças mais nobres, devido à glória que encontravam no campo de batalha. Esta idade também é conhecida como a Idade dos Heróis.

7.Este período é o que decorre através dos descendentes da idade anterior, mas são os mais desonrados de todas as raças.

8.As raças humanas são distintas através do auge ou da escassez de hybris, o que reforça a ética e a moral que Hesíodo pretendia demonstrar na sua obra.

9.Justiça.

10.A Idade de Prata representa a parte negativa do culto dos heróis, enquanto a Idade do Bronze mostra a queda dos heróis épicos

11.Nagy 2013, 355

12.Semideuses.

13.Ao alcançar os Campos Elísios o herói torna-se imortal e preservado na memória da cultura grega.

14.Nagy 2013, 358. Nas obras de Homero, não existe qualquer referência à imortalização dos heróis.

15.Raramente aparece em Homero ou na lírica mais antiga.

16.Lloyd-Jones 1971,58.

17.Os deuses costumavam descer do Olimpo para observar a hybris e a eunomia da humanidade.

18.A hybris é a sensação de ter boa sorte em tudo, enquanto a nemesis é a sensação de injustiça.

19.Cf. Nilsson 1947, 109 “The conception of hybris and nemesis had a popular background in what the Greeks called baskania, the belief, (…), that excessive praise is dangerous and cause of misfortune.”

20.Lloyd-Jones 1971, 69.

21.Del Grande 1947, 11.

22.No primeiro canto encontra-se logo esta característica.

23.Cf. Del Grande 1947, 19.

24.Cf. Del Grande 1947, 94.

25.Cf. Del Grande 1947, 96

26.Cf. Del Grande 1947, 111.

27.Cf. Del Grande 1947, 111.

28.Cf. Del Grande 1947, 120. Quanto às tragédias de Sófocles e Eurípides vão contra os finais felizes das obras de Ésquilo, demonstrando a realidade da tragédia e de como deve ser feita.

29.Aristóteles, Retórica 1378a-b.

30.Este herói trágico sofre dos actos e consequências da sua ambição exagerada.

31.Sentir pena para com a personagem.

32.Entregando o trono de Argos a Diomedes.

33.Irmã de Helena, Castor e Pólux.

34.Ora por ambição, ora por bem público. Tal decisão desencadeou as acções que se encontra na tragédia de Ésquilo, Oresteia.

35.Mas em vão, pois durante o combate é ferido e bate em retirada.

36.Seguimento de uma conversa com o seu pai, onde afirmara que para vencer a guerra era necessário a sua lança e ajuda dos deuses.

37.Noutras versões teria sido Delíades, o seu próprio irmão, Piren, cujo nome se encontra relacionado com a fonte de Pirene, ou Alcímenes.

38.Também conhecida por Anteia.

39.O rei Preto não o fez com as suas próprias mãos, devido às leis da hospitalidade.

40.Quimera é um ser composto pela parte da frente de leão, a de trás de dragão com uma cabeça de cobra. O monstro era indestrutível, mas Belerofonte consegue matá-la quando esta abriu a boca, um ponto vulnerável.

41.Igualmente conhecido por Glauce.

42.Noutras versões, quando Édipo é exilado por Creonte, o rei pede que o herói volte após ouvir Édipo voltasse, após este ter recusado o convite. Teseu teve de intervir para que não o raptassem.

43.Os Romanos chamavam-lhe Hércules.

44.Esta versão fortalece a ideia de vingança de Jasão para com o seu tio, devido à usurpação do trono e à morte de Éson.

45.Na tragédia de Sófocles, foi Electra que o incentivou a vingar a morte de Agamémnon.

46.Neste mito encontra-se a criação e o surgimento do Tribunal de Areópago.

47.Noutras versões, Teseu é filho de Posídon.

48.A partir desse momento, o mar passou a chamar-se Egeu.

49.Pirítoo era filho de Zeus.