[Revisto por Márcia Marto]
Brilharei nos teus olhos
lânguidos: hei-de ficar em tuas lágrimas
enquanto a vida permitir. Nesta primavera refletida
da tua imagem – abismo
impetuoso que me sombreia de lábios
ávidos. Brilharei no teu céu como Vênus nos dias de regência.
Partirei assim, ofegando
nesses oceanos
que separam os continentes.
E despertarei do sono
no paraíso
para comer da árvore da vida
e nunca mais ter fome
de amor.