[Revisto por Márcia Marto]
No I Milénio a.C., uma comunidade de imigrantes indo-europeus do Sul da Rússia, instalou-se na Grécia e fragmentou-se em dois grupos. Um deles instalou-se na Anatólia1 e o outro no Peloponeso e Creta. Esta comunidade, que se intitulava de Helenos2, conservava a lembrança das migrações e a sua ligação com a geração de heróis. A primeira civilização a ser desenvolvida foi a Micénica (c. 1400-1200 a.C.). Porém, foi destruída pelas invasões dos Dórios3 e os Micénicos tiveram que se refugiar nas ilhas Balcãs e na Jónia. As poucas cidades poupadas foram Tebas e Atenas, que conservaram um carácter jónico herdado pelos primeiros gregos. Uma das tradições conservadas foi a tradição oral, que tinha sido adquirida pela civilização micénica. Esta tradição incluía a narração de histórias locais, principalmente mitos, como também as suas origens, narrando uma árvore genealógica que descendia de grandes heróis4.
Platão diz-nos que Homero foi o educador da Grécia; o que pode surpreender, de tal modo a ética heróica nos parece incompatível com o ideal cívico (…). Trata-se de um comportamento de herói, fiel ao seu ideal de carácter, de valor que se manifesta através da glória; na competição permanente que opõe os heróis entre si, a vergonha cobre o fraco que ceda a um sentimento de humanidade, ao medo ou à razão, e a glória é o quinhão daquele que apenas pensa no triunfo – e o que consegue – sem se deixar deter por qualquer outra consideração5.
Não obstante, o herói tinha o dever de se integrar num grupo social, respeitar a sua hierarquia, ajudando aqueles a quem deve serviço e socorrendo os seus pares em caso de dificuldades. Assim, os heróis devem manter-se nesta condição humana, ao invés de a ultrapassar através da hybris:
Os heróis são de bom grado convertidos em antepassados míticos, realizadores políticos (Teseu), vencedores de monstros e outros inimigos dos homens civilizados (Héracles, Teseu), benfeitores da humanidade que nos teriam ensinado o uso do fogo (Prometeu) ou o cultivo das searas de Trigo (Neoptólemo); com maior frequência ainda os heróis têm a arte de curar, geralmente associada a Asclépio6.
Os Gregos acreditavam que a primeira geração da Humanidade possuía poderes divinos e um passado heróico. Homero e Hesíodo partilhavam tradições sobre heróis durante o período Pan-helénico e que, mais tarde, foi adaptado a um culto. Esta valorização de heróis e heroínas era realizada nas suas sepulturas, dando a entender que era um culto ctónico7. Este culto surgiu por volta do séc. VIII a.C., sendo contemporâneo com o surgimento das cidades-estado8 e com a escrita de epopeias. A maioria dos heróis estavam associados a cidades específicas e as polis arcaicas veneravam o culto heróico como um sistema de transmissão de mensagens políticas9.
A Religião na Grécia Antiga
O Mito (mythos) pertence a uma classe de contos tradicionais que contém referências a algo colectivo10. Os textos que nos chegaram até hoje têm, por vezes, origens desconhecidas e, muitos deles, foram registados anos depois. Porém, Homero refere o ciclo Tebano e também alguns mitos de heróis11 nas suas obras. Quanto a Hesíodo, 12 inspira-se um pouco na cultura oriental para escrever a Teogonia. A fórmula13 da poesia grega tem que conter Kleos aphthiton14 e Klea andron15.
Com a colonização grega no Período Arcaico promoveu-se a actividade de inventar mitos de fundação, genealogias e a explicação de certos nomes. O poeta é posto de lado e o historiador sobe ao palco. Os mitos ganham um outro significado para os gregos. Já não são contos isolados, mas histórias que narram com detalhe os locais da acção e o nome dos heróis é repetido noutros mitos, fazendo com que os eventos da sociedade e política tenham raízes mitológicas.
Como por exemplo a mitologia Ática, que explica a origem das cidades e instituições, sendo o mais conhecido o mito do Rei Édipo16. Também a sua mitologia é um bom modelo que apresenta um conjunto de mitos num contexto social e histórico específico17. Os mitos, que se encontram associados às grandes instituições da sociedade arcaica, têm a maior probabilidade de permanecerem na memória colectiva. Ao contrário dos mitos que se encontram relacionados com as instituições temporais, como por exemplo a fundação de clãs ou de templos.
Ao serem introduzidos novos mythoi na sociedade, através da sua apresentação pública, cedo se tornaram tradição da cultura grega. O facto de a mitologia ser um sistema aberto, implica que não siga as regras canónicas, permitindo uma flexibilidade nas exigências e mudanças da sociedade18 e um enriquecimento da cultura. A função do poeta é assegurar que o mito é cantado de forma a ser imortalizado na memória da sociedade e adaptado à evolução/modernização desta19. O facto de o poeta contar os mitos em público, permite-lhe conhecer os gostos da população, de modo a adaptar os mitos velhos aos novos, dando-lhe um estatuto quase divino20.
Com a transição do Período Clássico para o Helénico, os poetas começaram a escrever, por exemplo, tragédias, como forma de continuar a narrar os mitos. Autores, como Pausânias, continuaram a registar mitos arcaicos relacionados com os templos, porém tais mitos perderam interesse para a comunidade. Só na Época Romana é que a popularidade dos mitos voltou, mas ao invés de serem usados para ajudar a comunidade a entender o surgimento da humanidade e a ordem do mundo, passam a ter um significado mais político.
Os poetas criaram e recriaram as histórias épicas no período arcaico, narrando os feitos realizados por deuses e heróis. Nesta época havia seis grupos de histórias chamadas de ciclos, que narravam heróis e eventos específicos. O primeiro ciclo foca-se nos deuses, desde a sua origem até à veneração da Humanidade para com estes. Os outros cinco são constituídos pelos heróis: os Trabalhos de Héracles; os feitos de Teseu, o herói ateniense; as desgraças de Tebas, cidade de Édipo; a viagem de Jasão e os Argonautas à Ásia; e o cerco e destruição de Tróia21.
Nascida entre Homero e Apolónio de Rodes, a poesia épica e a sua produção literária na Atenas Clássica tornou-se o berço desta cultura. As primeiras obras de que se tem conhecimento são a Ilíada22e Odisseia23. Ambas referem factos históricos do séc. XII a.C., época onde as tribos eólicas do Norte da Grécia, conquistaram e saquearam uma cidade na costa asiática. Nestas obras são narrados os combates entre grandes heróis que possuem a ajuda dos deuses e, no seu regresso, são realizadas expedições em países desconhecidos, que séculos mais tarde iriam ser colonizados, desde a Sicília até às costas africanas. Estas obras narram de forma glorificante a sua realidade histórica,visto que são acrescentados elementos folclóricos aos movimentos de migrações e guerras travadas.
Tanto a Ilíada como a Odisseia, não só se focam nos exércitos e nas civilizações envolvidas, como também nas acções individuais e nas expressões de cada uma delas, demonstrando, ao longo da narrativa, que as personagens são definidas e simples. Estas obras pertencem à segunda categoria (poesia de heróis), pois a narrativa é centrada num herói e nas consequências das suas acções. Porém há uma «(…) constante presença de seres que não são homens nem mulheres e cujas actividades intervêm na história, desempenhando efectivamente o papel mais importante na determinação do curso dos acontecimentos.»24; estes seres são os deuses25.
A religião na Grécia Antiga, tal como todas as outras, era uma forma de explicar à humanidade o surgimento das coisas e os seus objectivos. Os deuses funcionavam como um corpus regulador das acções humanas através da prática da justiça26. A Época Clássica, entre os séculos VI-V a.C., foi o auge da cultura grega. A polis de Atenas foi o centro das epopeias homéricas, devido ao seu conteúdo literário de sagas sobre heróis épicos27 e o seu culto foi desenvolvido. É sabido que foi através da Ilíada e da Odisseia de Homero, como também das tragédias de Ésquilo, Sófocles e Eurípides, que se demonstrou a influência do culto, moldando-o de forma épica e trágica28.
Durante o Período Clássico foram encontradas as primeiras referências ao culto.29 Umas delas era um túmulo individual do herói,30 que era destacado das outras sepulturas através da delimitação, dádivas votivas ou da construção de um mausoléu31. O único testemunho conhecido data do último quartel do séc. VIII a.C., onde existiu um culto a Agamémnon, em Micenas e Esparta; um a Menelau e Helena, em Esparta; e outro a Sete de Tebas, em Elêusis. A importância dada a estas sepulturas ocorreu na altura em que houve uma supressão do culto tradicional dos mortos. Os jogos fúnebres foram substituídos pelo agones, realizados em santuários em honra de um herói. Para Píndaro, o agones era uma forma de mostrar e glorificar os esforços dos atletas, em comparação com os dos guerreiros. A fama conquistada dava aos atletas imortalidade e honrava a cidade-estado que representavam. Igualmente, a imortalidade que era atribuída aos atletas dava-lhes um estatuto quase semidivino32. Esta questão da vida depois da morte já era praticada na época Micénica33.
No período Helénico, a primeira evidência da vida post-mortum encontra-se nos poemas homéricos, apesar de esta prova não ser muito conclusiva, pois no mundo de Homero não se realizavam oferendas aos mortos. Todavia, na poesia de Hesíodo, o autor tem conhecimento daqueles que morreram, possuem um poder divino e que são idolatrados pelos vivos.
Para os Gregos, os heróis tinham sido pessoas que deambularam na terra, realizando feitos e demandas e, quando morreram, entraram num estado semidivino noutro lugar34. O culto é a prova de o herói ter demonstrado o seu poder, que é só pressentido indirectamente, isto é, onde se encontra o conflito e a discórdia. Muitos heróis, como Aquiles, Agamémnon, Édipo e Ulisses, já possuíam um culto ancestral muito antes de Homero os ter usado nas suas epopeias, pois cada um tinha o seu próprio conto na sua própria cidade.
O Herói Épico na Grécia Antiga
Entre o mundo mortal e o divino, existia um terceiro entre ambos. Nesse mundo habitavam os heróis, igualmente denominados por semideuses. Esta nova raça tem a particularidade de ganhar tal título, quando intervém nalguma situação crítica com um plano engenhoso, como forma de demonstrar o melhor das suas habilidades35.
O herói deve representar o homem criativo, corajoso e fiel a si mesmo. Homero usa um conceito próprio para os seus heróis e heroísmo, através de uma série de acções complexas. Como referido, a veneração dos heróis surgiu com a poesia épica e foi criado «(…) um mundo autónomo que é descrito (…) como um passado mais belo, mais grandioso: os heróis eram mais poderosos que os “são os mortais agora”».”36
Na poesia homérica, o poeta apresenta aos heróis uma série de problemas, revelando à sua audiência o status épico37. Outra característica que se encontra na narrativa de Homero, é a imagem de um jovem herói a morrer na batalha, para alcançar uma boa morte; como também a integração do culto do herói morto numa nova entidade sociopolítica na polis, na qual o herói se torna o defensor da sociedade.
O culto do heroísmo também dava importância à inteligência, pois os gregos sentiam-se superiores a outros povos através dela. Porém, tinha de ser contrabalançada com outras qualidades e autodomínio. «[O] conflito que existia era entre a moral do senso comum que condena os riscos perigosos e que vê na felicidade o melhor ideal a atingir, e as ambições desmedidas da mentalidade heróica, que estão para além da moral e que vê na felicidade um ideal pouco digno.»38
A doutrina mediania defende que o indivíduo consegue ficar satisfeito com uma vida serena. Outros teóricos defendem que a acção pela acção é o melhor método para alcançar uma grande glória. Contudo, o heroísmo nega esta doutrina através das personagens de Ajax e Héracles: «Ambos estão de certa forma para além do homem vulgar, não apenas na sua força e resistência, mas também no orgulho e distância a que se colocam; ambos têm um fim terrível e mesmo humilhante, pelo facto de não terem tido (…) as preocupações vulgares dos homens (…).»39 É com Sófocles que surge um novo ideal de herói, através das suas falhas e limitações, revelando que um herói também pode errar como um humano. Com a vida cheia de demandas heróicas, era o ideal pôr à prova os dons que os deuses lhe tinham dado desde o seu nascimento. O herói tem que mostrar que se esforça até ao fim, mesmo quando morre em combate, pois é assim que atinge a glória em vida40. É por esta forma que a glória era uma consolação do destino dos heróis. Era no túmulo que encontravam na sua memória e fama algo que conseguisse contrabalançar o seu esquecimento.
Existem sete classes de heróis: os semideuses cujo nome ou lenda está associado a um mito de origem; aqueles que se encontram associados a uma divindade em particular; os deuses secundários; o herói cultural; o semideus épico; os que estão associados a um contexto geográfico; e as personagens históricas. Quando se analisa a primeira classe, encontramos cultos e lendas helenísticas consoante o tipo de herói épico que era retractado. A tal associação é atribuído:
(…) the meaning of the name affixed to the personality, in cases where the meaning is transparent on discoverable by scientific etymology; (…) the quality and character of the myth or saga attaching to it; (…) the cult (…) associations that gather round the hero-god or heroine-goddess; (…) the comparative antiquity and predominance of records of the hero-cult and the records of the god-cult.41
Este ideal heróico pode ser analisado através das interpretações dos filósofos gregos. Pitágoras dividiu a humanidade em três categorias: os especuladores da ciência; os da honra; e os do lucro. Para Heraclito, o herói estava acima dos outros através da sua glória imortal. Já Platão criou uma natureza tripartida da alma: o princípio da autodeterminação; alcançar a honra pela acção; e realizar uma função mais próxima da razão. A ideologia de Aristóteles aprova a busca pela honra, por ser o tesouro adquirido pelos feitos mais nobres e por ser o tributo que se deve aos deuses.
O herói só atinge a sua plenitude na morte:
[da] mesma forma que os defensores do princípio da mediana e da felicidade afirmavam que ninguém devia ser considerado feliz antes de morrer porque se desconhecem as desgraças que poderão vir a cair sobre ele durante a vida, assim os intérpretes do ideal heróico olham a morte como auge e a cúpula da vida, e última prova e a mais desejada, aquela que revela o seu valor autêntico.42
Como referenciado, o herói é mencionado nas obras literárias como exemplo de um homem ideal, mas também como representação do seu período histórico. Heródoto examina certas características dos heróis e os mitos aos quais lhes estavam associados, de forma a poder criar uma linha cronológica dos eventos43. O historiador, ao associar os mitos dos heróis a factos históricos, criou dois tipos de grupos: os eventos da Idade dos Heróis e a cronologia estabelecida44. Este defende que os heróis estão entre dois períodos, o dos deuses e o dos mortais; e quando terminou a era dos heróis, começou a época do mortal45.
Heródoto, independentemente das qualidades dos heróis e da sua cronologia, analisa-os como acontecimentos históricos. Com isto, os próprios heróis são pontos de referência que permitem criar teorias sobre o seu passado46. O historiador retracta os heróis através de uma divisão entre a historicidade humana e mítica, na qual «(…) the heroes for Herodotus lies largely of both periods and partake of aspects of both; they are either entirely mythical nor entirely rationalizes into plain human beings.»47
Em suma, a literatura grega possui uma vasta informação sobre heróis, sendo a Ilíada e a Odisseia as obras de referência. Igualmente na obra Heroikos, de Filóstrato, podemos encontrar um modelo poético de inspiração que se centra nas qualidades super-humanas do herói. Heroikos é uma obra que vai contra as convicções tradicionais da poética oral de Homero. Enquanto Homero invoca as Musas para lhe inspirarem a cantar o período dos deuses e heróis, na obra de Filóstrato existe uma ponte entre o mundo mítico dos heróis épicos e o culto dos heróis48.
Notas:
1.Que mais tarde justificava a sua presença em Tróia.
2.Os gregos só se conheciam com o nome de Helenos, porque a palavra graeci vem do latim. Quanto à palavra Aqueus, utilizada nas obras homéricas, opõe-se a uma geração autóctone.
3.Outro ramo indo-europeu que ficou no Norte.
4.Estas listas genealógicas só eram criadas para famílias reais arcaicas.
5.Amouretti et Ruze 1993, 76.
6.Amouretti et Ruze 1993, 143.
7.Confundiam-se muitas vezes com as divindades ctónicas, pois estavam ligados ao mundo dos mortos.
8.Polis é um estado que se governa a si mesmo e por convenção mais antiga veio a denominar-se cidade-estado. O que define a polis era a comunidade que garantia uma vida civilizada e a defesa da mesma.
9.Larson 2007, 199.
10.Um mito contado por Apolodoro, a quem lhe foi atribuído Biblioteca, uma compilação de recolha de mitos, é uma narrativa histórica.
11.Homero faz referência a locais, desde Creta até Norte de Tessália.
12.No épico Nostoi é referido o regresso dos heróis da Guerra de Tróia, a colonização grega no sul da Itália, o mito de Teseu e como a fundação da democracia levou ao declínio do poder aristocrático da época Arcaica.
13.Esta fórmula consegue ser encontrada na épica Batalha de Tróia.
14.Glória eterna.
15.Glória dos homens.
16.Ática foca-se essencialmente em mitos de origem política, enquanto Atenas explica o surgimento da humanidade.
17.Bremmer 1990, 187-8
18.Bremmer 2007, 4
19.Nas obras de Homero, o poeta (aoidos) era aquele que carregava as tradições da sociedade e o que educava par excellence.
20.O poeta tinha a habilidade de criar novos mitos ou alterar o conteúdo do antigo.
21.King 2009, 33-4. Estes ciclos, apesar de não se ter a certeza de terem sido reais, reflectem o poder da Grécia sobre a Ásia Menor no final da Idade do Bronze (1500-1100 a.C).
22.Trata da Guerra de Tróia, cujo nome era Ilíon, daí a origem do nome da obra.
23.Após a conquista de Tróia, é narrado o regresso dos guerreiros à sua pátria, através de uma viagem desde a Ásia Menor até às costas da Grécia. É uma aventura marítima, onde são registados os países onde os marinheiros atracam e as suas riquezas e costumes.
24.Baldry 1968, 20-1.
25.Os Olímpios foram adaptados às necessidades dos poetas, pois foram humanizados e individualizados para poderem participar na acção com as personagens mortais das narrativas.
26.Heródoto, numa das suas obras, refere que Homero e Hesíodo fizeram uma geração de deuses para os gregos.
27.Na etimologia a palavra héros tem dois significados na língua grega: na epopeia designava os heróis cuja fama era cantada pelos poetas, enquanto na utilização linguística significava um falecido que exerce a partir do seu túmulo e que exige uma veneração adequada.
28.Sendo que o culto dos heróis se encontra implícito na literatura arcaica e clássica.
29.Porém, a sua origem mantém-se incógnita.
30.Intitulado de heróon.
31.As construções sumptuosas surgiram nas regiões periféricas, na Lícia e na Carica.
32.Miller 2000, 4.
33.Farnell 1991, 4.
34.Muitos destes heróis foram registados depois da época homérica. Alguns heróis de culto tinham sido personagens de cariz religioso ou realizado um trabalho com a ajuda de um deus.
35.Miller 2000, 2. Para Homero, um herói é alguém que é normal, enquanto Hesíodo os coloca num passado distante onde fizeram feitos lendários.
36.Burkert 1993, 397.
37.Também conhecido por Kleos aphthiton.
38.Bowra 1997, 60.
39.Bowra 1997, 61.
40.Cf. Bowra 1997, 39. “O homem de valor era aquele que, tendo sido dotado de qualidades físicas e de inteligência superiores, as punha a render o mais possível, (…) no seu desejo de fazer valer ao máximo todos os seus dons e de ultrapassar todos os outros homens no exercício que deles fizesse.”
41.Farnell 1921, 20.
42.Bowra 2000, 63.
43.O tempo histórico, quer o passado quer o presente, tem a mesma qualidade, isto é, é uma sequência de ocorrências sem interrupções, mas o tempo mitológico é limitado, pois começa nos primórdios da criação até ao deuses e o seu tempo não tem uma sequência, como o da história
44.Que também podem ser designados por período histórico e mítico.
45.A Idade dos Heróis é um ponto histórico que estabelece uma série de eventos mitológicos, como também usada como referência cronológica.
46.Vandiver 1991, 13.
47.Vandiver 1991, 132.
48.Heroikos é uma obra que expõe os poemas homéricos como a versão oficial dos acontecimentos, algo que a sociedade grega introduziu na sua cultura, tal como a romana desde do séc. II a.C.. Esta obra não define os heróis exclusivamente nas suas dimensões épicas, mas nas suas capacidades sobre-humanas. Esta obra aborda e reconta os mitos dos heróis épicos através de duas narrativas: a fúria e vingança de Aquiles sobre a casa de Príamo; e a atribuição do título de herói a Protesilau e a sua vingança contra a ganância de povos estrangeiros.