Yasmin Freitas
Naquela noite fria de fevereiro, ele entrou sorrateiro.Um homem alto e denso. Ele tinha um olhar familiar, mas o seu vestuário era insólito. “Alheia e esquiva, eu fiquei: Quem seria aquele homem?”. Aquela presença era singular, seu andar errante como de uma criança que eu conhecia na história. Um traço de memória, ele era peculiar e tão estranho que chegava a ser grosseiro.
O olhar fundo e o falar verboso me persuadiu e ele ficou naquele quarto. Naquela cama que pertencia a alguém. Ele tomou o espaço e preencheu cada pedaço.
Que homem mais audacioso e caprichoso. Ele era caprichoso porque fazia o melhor almoço e contava piadas. Ele cuidava de mim.
” Um instante, ele é meu filho. Meu Deus, como não havia percebido.”