Considerações ou letras soltas… Leaps of Faith, Elisabete Melo

Texto de Elisabete Melo. Revisão de Lourenço Duarte.

Nem tudo é progresso…

O pressuposto do termo entende: avanço, desenvolvimento e um subentendido aperfeiçoamento. Entre o ontem, o hoje e o amanhã, quanto do nosso percurso, como “singelos habitantes do Planeta Terra”, vulgo humanos; poderemos afirmar ser progresso? Alvitrar constante de máquinas, construções inteligentes megalómanas…O adjetivo reveste-se da necessidade de se vincar no modo superlativo absoluto: o mais rico, o mais inteligente; o mais produtivo; o mais rentável; o mais forte! A corrida desenfreada no sentido intrépido de alcançar o futuro numa onda de urgência, despe-nos de algo vital: a humanidade; desacelerar e dar a mão ao caído, sorrir e partilhar.

Estará esta escalada a redefinir a génese dos valores morais na raça humana? Nunca, em tempo algum, (registado fidedignamente), estivemos tão perto uns dos outros e no entanto tão absortos…. Alimentamos o ego com vapores de pequenos ou grandes écrans, desconhecendo quem é quem, aprendendo meias verdades e esquecendo amiúde o que é sentir o olhar honesto do outro.

Sim, bisturis hábeis reconstroem rostos desfigurados, cantando vitórias pelo campo da ciência, distâncias que se encurtam com a conquista da velocidade da luz e afins, notas e moedas invisíveis que se transformam em notas e moedas palpáveis, armaduras químicas que destroem vírus…, mas também bactérias que sempre nos acompanharam em paz. Mas de que somos feitos hoje!? Comunicamos, redefinimos ideais e o que é o “ideal” da perfeição, mas aumentamos o fosso da razoabilidade da razão.

A fome de livros e do saber; acompanha a outra fome, que dói sentir.

Somos? Seremos? O progresso imbui-se de ciclos. Observemos; mas nunca inertes.  

Let us just go back to when we still believed in leaps of faith…? In sharing, holding hands, even if it is a stranger; taking small pieces of paper with words written and acknowledge that we should call them treasures to…treasure.