Sem-Título, 大象城堡

Asceticamente sigo no limbo.
Baixando as distâncias de permeio
Onde, em esforço, contorno
O corpo evitando o enleio
De cair na graça do tempo
E em mercês me encher
A vida já que, apático,
Vou tudo sentir e ver,
Ao profundo estado de sítio.

Pecado maior o de não sentir,
Pena esdrúxula de continuar a respirar.

De que serve a luz, se olho
Tanto e tão fundo para não ver?

No generalato da minha própria Guarda,
Em processo sumário julgo a minha ação:
Na oralidade do julgamento, dispo a farda,
Exauturado da dignidade da compaixão.
Que pena mais severa, que a de nada se poder fazer
À solidão, posso, conscientemente, aceitar?